O Sebastianismo: textos e contextos

O desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir, a 4 de agosto de 1578, deu origem a um complexo problema sucessório em Portugal. A ambiência de luto e de decadência que se viveu no reino após a morte do jovem rei e a integração de Portugal em um sistema de Monarquia dual originarão a emergência do Sebastianismo: a crença na não-morte do rei, no seu regresso e na restauração da independência do reino. Deste modo, o Sebastianismo, enformado também pelas doutrinas joaquimitas e por vários textos de natureza profética, cristalizar-se-á como uma dimensão fundamental da cultura portuguesa. A partir da análise de vários textos, chamaremos a atenção para a coagulação deste tema no domínio literário e cultural, auscultando o seu lastro até à contemporaneidade.
Paula Almeida Mendes é doutorada em Línguas e Literaturas Românicas pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2013), com uma tese sobre a escrita e edição das «Vidas» de santos e «Vidas» devocionais em Portugal (séculos XVI-XVIII). Atualmente é investigadora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, desenvolvendo a sua investigação no Centro Transdisciplinar de Investigação «Cultura, Espaço e Memória» (CITCEM-UP). Os seus estudos centraram-se na história e literatura da espiritualidade, especialmente na hagiografia e biografia devocional, bem como na história dos livros e da leitura.

Heure : 20 oct. 2022 04:00 PM Amsterdam, Berlin, Rome, Stockholm, Vienne

Sur inscription : Nazare.Torrao@unige.ch

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